Mais uma rodada de viagem pelo interior do Piauí. Desta vez seria para um lugar bem longe, põe longe nisso: quase mil quilômetros de distância de Teresina.
Desta vez, eu iria num carro onde eu poderia escolher o roteiro musical. Porém o carro morre na porta da minha casa, affff. Fomos trocar o belo por um Pálio 1.alguma coisa e sem som. O jeito foi recorrer ao mp3, pois cantar não estava nos meus planos, queria chegar viva no destino.
Passamos por vários municípios, várias estradas já minhas conhecidas. Depois de Floriano a coisa muda, pois dali em diante era novidade. Portanto, sem essa de dormir, queria ver tudo, paisagem, animais: olha a onça! Essa, uma outra história.
A esta altura eu me confiava nas placas para saber aonde eu estava. Depois de Bertolínia (se é que era esta a cidade, as placas podem não falhar, mas a memória pode esquecer alguns detalhes), na estrada que vai para Colônia do Gurguéia, nos atolamos num areal, chamam aquilo de puaca, o pó fino da areia. Se aquilo entra nos pulmões é HGV na certa.
Descemos do carro para desatolar e seguir viagem. Fomos à cata de pedras, paus, o que desse para nos tirar dali. Não sei quanto tempo ficamos e percebemos que não fomos os únicos a se lascar ali. Carro pequeno se atola mesmo!
O carro de nossa outra equipe chega para ajudar, uma grata ajuda. Tentamos rebocar o Pálio, mas não encontramos onde colocar a corda. O jeito foi continuar com as pedras e retirar a areia dos pneus e de debaixo do carro. Não satisfeitos e com força suficiente, resolvemos erguer o carro no muque, até eu entrei no rolo (fui expulsa na segunda tentativa).
A estrada em questão está em fase de recuperação. Têm máquinas e homens trabalho ao longo dela. Isso nos dá mais conforto e esperança. Vou querer passar por ela quando estiver pronta, a estrada, pois quanto a mim, é só preparar a mala e seguir.
Chegamos a Colônia do Gurguéia, cansados, famintos, porém com senso de humor impecável, mangamos de tudo, até do meu cabelo que ficou loiro. Pensa num jantar gostoso!
Seguimos viagem, desta vez numa estada tapete.
Passamos por Cristino Castro, terra da minha amiga Jô (desculpa o sumiço, minha linda) e dos poços jorrantes. Que deveriam ser canalizados para as residências, para as plantações, evitando o desperdício de tanta água pura, limpa e deliciosa (mas o que sei sobre a realidade da região?!!!).
Horas depois chegamos a Bom Jesus, terra do meu amigo Fábio Novo. Gostei da cidade, ao menos o pouco que vi. Era meia-noite, não dava para ver muita coisa e nem estava ali para turismo. Ali, dormimos por 4 horas, pois tínhamos que seguir viagem e faltavam uns 150km.
Na estrada, o sol da manhã, a brisa, a paisagem. Chegamos a Gilbués, nosso destino, cidade pequena, porém aconchegante (passou até na minha cabeça a vontade de trocar Teresina por aquelas cidades no Sul do Estado). Eita Piauí gostoso de viver.
Realizado nosso trabalho, almoçados todos, retornamos para casa.
O retorno conto depois, pois não vou cansar os olhos de ninguém. Fotos? Não tirei, queria economizar a bateria da câmera para o evento e era a primeira vez que eu pegava aquela máquina. Só afirmo que tem várias serras ao longo do percurso, uma viagem perfeita para quem gosta da natureza.
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