sábado, 20 de março de 2010

Somos exibidos

Sim, somos um povo exibido. Mostramos, em jantares suntuosos, que somos fartos, pobreza nem pensar. Ao falarmos de nossos filhos, eles são os melhores, quase não choram, são limpinhos, educadinhos, bagunceiros são os outros, de preferência os daquela amiga lindíssima, cujo tempo não passou pelo corpo dela (que forma, hein?!)

Se casados, nos beijamos no meio da rua, entre os amigos, no restaurante, mesmo que ao chegarmos em casa, sejamos cachorro e desgraça (um belo casal!).

Quando ganhamos presentes, ainda criança, mostramos na rua para os menos afortunados ou mesmos para aqueles cheio de posses, o importante é "eu tenho, você não tem".

Precisamos mostrar que somos ou temos algo por sermos alguém. É o ter que realmente significa, mesmo que o objeto possuído seja desprezado quando não está sendo alvo de olhares de admiração.

Mostramos, ainda, porque queremos chocar aqueles que estão em volta. Dizemos que somos diferentes e impomos nossa presença.

Em nossa visão, tudo que temos é o que há de melhor, mas precisamos de outros olhares para impormos esse melhor, que supomos existir.

E aí, cara pálida, brasileiro é único nisso?

domingo, 7 de março de 2010

Demorei, mas voltei... ou não

Nossa, como tenho demorado a escrever aqui. Afinal, são diversos fatores que acontecem: estou sem viajar, tem ainda a hérnia de disco, que preferi não realizar a cirurgia por receio de minha reação com a anestesia.

Escrever sobre o meu dia, eu considero tão enfadonho, afinal, não encaro esse espaço com um diário, meu querido diário (uma atividade que nunca exercitei). Tudo bem, que eu escreva sobre coisa que vivencio, acho maravilhoso falar sobre as viagens que faço pela empresa.

Pena que está acabando, ou melhor, acabou. Acabou para mim, pois doente não há condição. E meu tempo no governo está findando também. Foi bom enquanto durou, tenho mais é que refazer meu currículo e me mandar, com a certeza que contribui muito bem para o Estado do Piauí.